Fukushima: detido vazamento de água radioativa no mar
05 de abril de 2011 • 19h21 • atualizado às 20h00
A água radioativa parou de vazar para o Oceano Pacífico da usina nuclear danificada de Fukushima nesta quarta-feira, informou a agência japonesa Jiji Press, depois de a operadora Tokyo Electric Power (Tepco) injetar produtos químicos no solo.
Os funcionários da Tepco descobriram na semana passada uma rachadura de 20 cm na parede de um fosso técnico localizada perto da beira-mar e ligado ao reator 2.
Um volume importante de água contaminada vazava dia e noite desse fosso, mas os técnicos não tinham conseguido tampar a rachadura, apesar de várias tentativas utilizando cimento e depois mediante uma mistura de polímeros, papel de jornal e pó de serra.
Nesta terça-feira, decidiram fazer perfurações mais acima para seguir os fluxos de água e injetar cristal solúvel (silicato de sódio) no solo. Essa solução permitiu deter o vazamento de água contaminada ao oceano Pacífico nesta quarta-feira (horário local), anunciou a Tepco, citada pela agência Jiji.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequencias permanecem incertas.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.
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