Editoria: Fenômenos Naturais - Tsunamis
Quinta-feira, 17 mar 2011 - 10h15
Quinta-feira, 17 mar 2011 - 10h15
Voluntário transmite ao vivo nível de radiação em Tóquio
Diante da terrível situação pela qual passa o Japão, é natural que as autoridades tentem controlar as informações que chegam à população. Recentemente, um boato de que os níveis de radiação em Tóquio estariam elevados fez com que diversas pessoas deixassem a capital. No entanto, um voluntário localizado nos arredores da cidade está monitorando os níveis de radiação e colocando ao vivo as imagens na internet.
O princípio de funcionamento do instrumento é bastante simples e se baseia na propriedade que as partículas alfa, beta e gama têm de ionizar um gás nobre.
O elemento principal do detector é uma ampola de vidro preenchida com gás argônio. Quando uma dessas partículas penetra o interior do tubo, libera elétrons do gás, tornando-o condutor por uma fração de segundo, produzindo uma descarga elétrica. Essa descarga é então detectada, amplificada e enviada a um instrumento registrador, que mede a quantidade de partículas que estão ionizando gás.
Apesar de ser um instrumento amador, o contador Geiger-Muller utilizado pelo voluntário é bastante preciso na contagem de partículas e por isso pode ser um bom monitor dos níveis reais de radiação que estão sendo registrados.
De acordo com a página na internet, o tubo sensor do contador está instalado do lado de fora da casa, preso na parte externa de uma das janelas. Pelo que se pode ver, o instrumento está calibrado em CPM (Contagens Por Minuto) e não em Sieverts ou Roentgens, que é a forma utilizada pelas autoridades sanitárias para se medir a dose de radiação em uma pessoa. No entanto, é possível converter os números apresentados e transformá-los nessas unidades, como mostra a tabela abaixo.
De acordo com a página na internet, o tubo sensor do contador está instalado do lado de fora da casa, preso na parte externa de uma das janelas. Pelo que se pode ver, o instrumento está calibrado em CPM (Contagens Por Minuto) e não em Sieverts ou Roentgens, que é a forma utilizada pelas autoridades sanitárias para se medir a dose de radiação em uma pessoa. No entanto, é possível converter os números apresentados e transformá-los nessas unidades, como mostra a tabela abaixo.
CPM | MiliRoentgens/h | Sievert/h |
12.00 | 0.01 | 0.1 microSv |
1,200.00 | 1 | 10 microSv |
12,000.00 | 10 | 100 microSv |
120,000.00 | 100 | 1 miliSv |
Para fins de comparação, a radiação global média normal é de cerca de 0.1 microSieverts por hora, algo próximo a 12 CPM. Desde que entrou em operação, o instrumento instalado em Tóquio vem apresentando valores ao redor de 13 CPM, o que pode ser considerado normal. Para se ter uma ideia, a radiação dentro do reator 2 da usina de Fukushima entre os dias 15 e 16 de março estava entre 3 e 10 mSv/h (miliSieverts por hora) . Se o instrumento estivesse dentro da usina registraria valores entre 360 mil CPM e 1.2 milhão CPMs.
Abaixo vemos alguns valores práticos de exposição e que podem ser usados como referência:
Abaixo vemos alguns valores práticos de exposição e que podem ser usados como referência:
- Radiografia dos dentes: 0.005 mSv
- Mamografia: 3 mSv
- Tomografia do Crânio: 0.8 a 5 mSv
- Série de radiografias de Investigação gastrointestinal: 14 mSv
- Limite norte-americano para voluntários em operação de resgate: 1000 mSv (1 Sv)
- Dose próxima ao reator 4 de Chernobyl após a explosão: 10 a 300 Sv/hr
- Nível de radiação reportado dentro do reator 3 da usina de Fukushima: 400 mSv/h
Fonte: www.apolo11.com
TIPOS DE RADIAÇÃO
Radiação Alfa é uma partícula formada por um átomo de hélio com carga positiva. A distância que uma partícula percorre antes de parar é chamada alcance. Num dado meio, partículas alfa de igual energia têm o mesmo alcance. O alcance das partículas alfa é muito pequeno, o que faz que elas sejam facilmente blindadas. Uma folha fina de alumínio barra completamente um feixe de partículas de 5MeV. A inalação ou ingestão de partículas alfa é muito perigosa.
Radiação Beta é também uma partícula, de carga negativa, o elétron. Sua constituição é feita por partículas beta que são emitidas pela maioria dos nuclídeos radioativos naturais ou artificiais e tem maior penetração que as partículas alfa. O 32 P dá uma radiação beta até 1,7 MeV com uma penetração média de 2 a 3 mm na pele, e alcança, em pequena proporção, 8 mm. Se o emissor beta é ingerido, como acontece nos casos de diagnóstico e terapêutica, os efeitos são muito mais extensos.
Radiação Gama é uma onda eletromagnética. As substâncias radiativas emitem continuamente calor e têm a capacidade de ionizar o ar e torná-lo condutor de corrente elétrica. São penetrantes e ao atravessarem uma substância choca-se com suas moléculas. A radiação gama tem seu poder de penetração muito grande. Sua emissão é obtida pela maioria, não totalidade, dos nuclídeos radioativos habitualmente empregados. Quando a fonte de material radioativo for beta ou gama é necessária colocação de uma barreira entre o operador e fonte.
Infra-vermelho - Radiação eletromagnética invisível, emitida por corpos aquecidos. Pode ser detectada por meio de células fotoelétricas, possui muitas aplicações. Desde o aquecimento de interiores até o tratamento de doenças de pele e dos músculos. Para produzir o infravermelho, em geral empregam-se lâmpadas de vapor de mercúrio a de filamento longo incandescente.
A radiação infravermelha é usada para obter fotos de objetos distantes encobertos pela atmosfera, também muito utilizada por astrônomos para observar estrelas e nebulosas que são invisíveis com luz normal. Uma outra utilidade deste tipo de radiação é o uso nas fotografias infravermelhas, que são muito precisas. O infravermelho foi muito utilizado na II Guerra Mundial.
Alguns exemplos de Infra-vermelho.
Alguns exemplos de Infra-vermelho.
Esq.: radiografia da flor da columbina. Dir.: registro em filme do calor deixado no chão por um cadáver, logo após um crime, por meio de infra-vermelhos
Ultravioleta - Produzida por descargas elétricas em tubos de gás. Cerca de 5% da energia mandada pelo Sol consiste nesta radiação, mas a maior parte da que incide sobre a Terra é filtrada pelo O e pelo ozônio na atmosfera, estes protegem a vida na Terra. Esta radiação é impregnada principalmente em tubos fluorescentes, mas também em aplicações médicas que incluem lâmpadas germicidas, o tratamento do Raquitismo e doenças de pele, enriquecimento de leite e ovos com vitamina D. É dividida em três classes: UV-A, UV-B e UV-C. As ondas de menor período são as mais nocivas aos organismos vivos. A UV-A é a mais perigosa e tem período entre 4000A (ângstrons) e 3150A. UV-B tem período entre 3150A e 2800A e causa queimaduras na pele.
Radiação de Fundo - Toda vida, em nosso planeta, está exposta à radiação cósmica e à radiação proveniente de elementos naturais radioativos existentes na crosta terrestre como potássio, césio etc. A intensidade dessa radiação tem permanecido constante por milhares de anos e se chama radiação natural ou radiação de fundo, e provém de muitas fontes.
Cerca de 30% a 40% dessa radiação se deve aos raios cósmicos. Alguns materiais radioativos -- como potássio-40, carbono-14, urânio, tório etc. – estão presentes em quantidades variáveis nos alimentos.
Uma quantidade razoável de radiação vem do solo e de materiais de construção. Assim, pois, a radiação de fundo pode variar de local para local.
O valor médio da radiação de fundo em locais habitados é de 1,25 milisievert (mSv) ao ano.
Raios Catódicos - São feixes de partículas produzidos por um eletrodo negativo (cátodo) de um tubo contendo gás comprimido. São resultado da ionização do gás e provocam luminosidade. Os raios catódicos são identificados no final do século passado por Willian Crookes. O tubo de raios catódicos é usado em osciloscópios e televisões.
Uma quantidade razoável de radiação vem do solo e de materiais de construção. Assim, pois, a radiação de fundo pode variar de local para local.
O valor médio da radiação de fundo em locais habitados é de 1,25 milisievert (mSv) ao ano.
Raios Catódicos - São feixes de partículas produzidos por um eletrodo negativo (cátodo) de um tubo contendo gás comprimido. São resultado da ionização do gás e provocam luminosidade. Os raios catódicos são identificados no final do século passado por Willian Crookes. O tubo de raios catódicos é usado em osciloscópios e televisões.
Raios X - São capazes de atravessar o corpo humano, durante a travessia, o feixe sofre um certo enfraquecimento. Ele provoca a iluminação de certos sais minerais.
O uso do Raio X tem sido uma importante ferramenta de diagnóstico e terapia. Os raios x são absorvidos pelos ossos enquanto passam facilmente pelos outros tecidos.
Em 1895 Wilhelm Konrad von Röntgen descobre acidentalmente os raios X quando estudava válvulas de raios catódicos. Verificou que algo acontecia fora da válvula e fazia brilhar no escuro focos fluorescentes. Eram raios capazes de impressionar chapas fotográficas através de papel preto. Produziam fotografias que revelavam moedas nos bolsos e os ossos das mãos. Estes raios desconhecidos são chamados simplesmente de "x".
Radiação de Nêutrons - Nêutrons são partículas muito penetrantes. Elas se originam do espaço externo, por colisões de átomos na atmosfera, e por quebra ou ficção de certos átomos dentro do reator nuclear. Água e concreto são as formas mais comuns usadas como barreiras contra radiação por nêutrons.
Fonte: http://www.fisica.net/denis/rad1.htm#raio6
Nenhum comentário:
Postar um comentário